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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Open Street Map


 O OpenStreetMap é um mapa de todo o mundo com edição livre feito colaborativamente por pessoas nas diversas partes do mundo. E pode ser utilizado por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.
A cartografia desenvolveu-se muito com o incremento de novas dinâmicas informáticas no dobrar do milénio. E a afirmação do software livre e de código fonte aberto, através dos diferentes sistemas de licenciamento e obrigação impulsionaram activistas de todas as localizações, designers, escritores de código, engenheiros, criativos, cientistas, filósofos, matemáticos, etc. a produzir mais e mais código ultrapassando em larga medida a produtividade das grandes corporações de código fechado nos sistemas de patentes.
Este movimento social e cultural de partilha do conhecimento já lidera a produção do mesmo em muitas frentes, e no domínio da cartografia, da informação geográfica e da geo-referenciação também não se deixa ficar para trás. É verdade que temos o grande todo poderoso braço SIG da Google, o Google Maps, que dispõe inclusive de visualização em perspectiva ao nível do olhos do observador.

Mas o OpenStreetMap tem uma base de dados já muito completa, com um muito bom sistema de notações e escolha de quais afixar, capacidade de traçamento de rotas e o melhor de tudo é que todos podemos participar nesta sociedade do conhecimento.
Assim, o OpenStreetMap é desenvolvido por uma comunidade voluntária de cartógrafos que contribuem e mantêm atualizados os dados sobre estradas, trilhos, cafés, estações ferroviárias e muito mais por todo o mundo.

O endereço do OSM é: http://www.openstreetmap.org

Todos podemos cartografar, todos podemos contribuir para usufruir. É essa a filosofia do software livre e da "open source". Neste caso trata-se de um sistema de informação geográfica (SIG).

O alojamento do OSM é suportado por UCL VR Centre, Imperial College London, Bytemark Hosting e outros parceiros.
O VR Centre da UCL, Centro de Realidade Virtual da University College London foi fundado em Junho de 1997 na University College London e na Imperial College London. É uma iniciativa interdisciplinar que envolve o Bartlett, Centro de Análise Espacial Avançada, Centro de Estudos de Transporte e os Departamentos de Ciência Informática, Geografia e Engenharia Geomática1 do University College London e do IC-Parc do Imperial College juntamente com um consórcio de 16 parceiros industriais. O objectivo é a pesquisa, desenvolvimento e disseminação de modos de design, produção e criação de edifícios e áreas urbanas através do uso das técnicas da realidade virtual.

A diferença em relação aos outros SIGs, yahoo maps (http://maps.yahoo.com) ou o google maps (http://maps.google.com), por exemplo, é que o OpenStreetMap resulta de um processo aberto e colaborativo e disponibiliza a possibilidade de exportar mapas em formatos próprios e em SVG. Por outro lado estão disponíveis diversas ferramentas em Linux que permitem trabalhar com estes mapas em cartografia e geomática entre os quais estão o Merkaartor e o Josm.
O  OpenStreetMap está hoje disponível para qualquer plataforma incluindo as plataformas móveis dos smartfones. Esta plataforma geográfica atingiu grande qualidade e fiabilidade e pode ser utilizada para a afixação de todo o tipo de dados no respeito pelas condições do sistema de licenciamento. Assim, qualquer pessoa tem a liberdade de usar os dados para qualquer fim desde credite a autoria do OpenStreetMap e os seus colaboradores.
O OpenStreetMap® é disponibilizado em dados abertos, sob a licença Open Data Commons, Open Database License (ODbL) pela OpenStreetMap Foundation (OSMF).

Existem ainda ferramentas para mapas com base em sistemas de outra natureza, o acesso aos dados dos satélites meteorológicos, etc.

O que nos fez interessar por informação geográfica foi a dispersão geográfica da estatuária urbana e as características que se podem observar em diferentes localizações.
Deste modo a escultura urbana apresenta muitas potencialidades para o estudo geográfico. Quer a sua disposição numa grande localidade, numa região ou num país é possível leituras de relação da obra com o lugar e obras semelhantes em diferentes lugares mostram condições semelhantes em diferentes geografias. Por outro lado é interessante o desenvolvimento de cartografias de diversa ordem e tipologias para o seu estudo sistemático. 
 
A experiência da leitura (scripto-visual) de mapas políticos, físicos, históricos, demográficos e outros para seleccionar trajectos e áreas de registo, de esculturas dão-nos a noção das qualidades geográficas da escultura. Ao mesmo tempo proporciona-nos uma sensibilização a esta importante e ancestral disciplina. Com efeito a escultura urbana é dotadas de interessantes propriedades geográficas e proporciona desenvolvimentos e registos quer em termos de geografia humana quer de cartografia.
Se uníssemos todas as obras registadas numa carta entre si com segmentos de recta obteríamos uma malha com diferentes tipos de regularidades. No formato da malha, nas dimensões dos segmentos que unem os pontos, nas diferentes áreas poligonais. Obteríamos assim uma expressão visual da «densidade escultórica» de uma região, que se poderia relacionar com a demografia e a extensão territorial.

 


1Geomática trata das actividades de produção, colecta, armazenagem, análise, transmissão e gestão de informações geográficas. Inclui actividades como topografia, cartografia, hidrografia, geodésia, fotogrametria, sensoriamento remoto, Processamento Digital de Imagens, Banco de Dados Espaciais, Cadastro Técnico, Sistemas de Informação Geográficos SIG, mapeamento digital e os sistemas de posicionamento por satélite, como o GPS.

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